Vereador critica omissão do Executivo no debate do tema
O vereador Alberto Meneguzzi/PSB participou, nesta segunda-feira (21), da audiência pública sobre Policiamento Comunitário. O encontro foi promovido pela Comissão de Segurança Pública e Proteção Social (CSPPS) do Legislativo. O tema foi debatido juntamente com representantes da Brigada Militar, Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública (Consepro) e da União das Associações de Bairros de Caxias do Sul (UAB), entre outras entidades.
Meneguzzi lamentou que, há cerca de três anos, o policiamento comunitário vem decrescendo, segundo ele, está com os dias contados. A conclusão vem dos pronunciamentos do comandante do 12º Batalhão de Polícia Militar (12º B P M), tenente-coronel Jorge Emerson Ribas, desde 2017. Situação agravada pela omissão do Executivo. Isso porque, mais uma vez, o secretário municipal de Segurança Pública e Proteção Social, Ederson de Albuquerque Cunha, não compareceu ao debate na Câmara de Vereadores.
“Não tem policiamento, não tem vontade política. Tem um prefeito que só viaja. Um secretário de Segurança que não participa, que não tem vontade nenhuma de fazer com que o policiamento comunitário vá adiante. Lamento que a gente esteja novamente falando de um assunto repetitivo”, frisou Meneguzzi.
O parlamentar comparou o valor mensal do policiamento comunitário para o Município com a despesa de viagens do prefeito Daniel Guerra e do irmão dele, o chefe de gabinete, Chico Guerra. “É R$ 30 mil por mês. O prefeito já gastou quase R$ 200 mil em diárias e passagens, este ano. Daria muito bem para financiar o policiamento comunitário”, criticou.
PRIORIDADE
Durante a manifestação, Alberto Meneguzzi ponderou ainda sobre a instalação do Batalhão de Choque da Brigada Militar, em Caxias do Sul. Conforme o parlamentar, a prioridade da segurança pública é o policiamento ostensivo, e não, o repressivo. Ele voltou a criticar a destinação do prédio do antigo Senai José Gazola para o batalhão.
Além disso, o vereador ressaltou o real objetivo desta unidade militar, que acabou retirando policiais do patrulhamento comunitário. Meneguzzi defendeu a utilização do local para a educação profissional. Fato que, conforme ele, contribuiria para a redução da criminalidade.
“Quanto mais formação profissional dos nossos jovens, principalmente, em uma área tão carente como a zona norte, menos nós vamos precisar de ações policiais. Mas aqui no Rio Grande do Sul tem sido o contrário. Vibra-se com a construção de presídio, lamenta-se a falta de investimento em escolas e tira-se a formação profissional da juventude”, afirma.
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