Meneguzzi protocola denúncias sobre suposta negligência na UPA Zona Norte

outubro 11, 2019

Denúncias foram oficializadas aos Ministérios Públicos Federal e Estadual

O vereador Alberto Meneguzzi/PSB protocolou, na manhã desta sexta-feira (11), documentos nos Ministérios Públicos Federal e Estadual, solicitando investigação sobre duas denúncias de suposta negligência por parte do Instituto de Gestão e Humanização (IGH), na UPA Zona Norte.

Os casos se referem a dois casos de óbito, sendo um deles, dentro da UPA Zona Norte. Trata-se do menino Theillor Martins Matos, de 10 anos, que morreu no último sábado (05), por meningite bacteriana, segundo atestado de óbito fornecido pela unidade de pronto atendimento. Outra denúncia é sobre o falecimento de Marlene das Graças Ribeiro da Silva, de 52 anos, no dia 1º de outubro. Ela morreu em casa, depois de ter sido atendida na UPA, no dia 30 de setembro, com sintomas de diabetes. Na certidão de óbito, o médico atestou infarto do miocárdio.

As duas mortes merecem esclarecimentos, principalmente, por parte do IGH, que gere a UPA Zona Norte. Até o momento, o Executivo nem sequer se manifestou a respeito das denúncias de supostas negligências. Acionei a Comissão de Saúde para questionar a Secretaria Municipal de Saúde. Agora, encaminhei aos Ministérios Públicos as denúncias para que sejam apuradas as responsabilidades”, salienta o parlamentar.

Nos documentos, Meneguzzi solicitou audiência com a promotora e o procurador para tratar do assunto. O vereador deverá ser acompanhado pelos denunciantes Jomar Matos, pai de Theillor; e Gleison da Silva, filho de Marlene.

 

Meneguzzi denuncia descumprimento de ordem judicial pelo IGH

outubro 10, 2019

Direção da UPA Zona Norte não acatou determinação pela necropsia de menino morto por meningite bacteriana

O vereador Alberto Meneguzzi/PSB se pronunciou na tribuna da Câmara, na sessão desta quinta-feira (10), sobre o caso da morte do menino Theillor Martins Matos, de 10 anos, ocorrido na manhã do último sábado (05), na UPA Zona Norte. Segundo o atestado de óbito emitido pela unidade, a causa da morte foi meningite bacteriana.

Meneguzzi relatou a visita do pai da criança, Jomar Matos e da irmã, Paola, ao gabinete dele, na tarde desta quarta-feira (09). Eles foram pedir o apoio do parlamentar sobre a investigação das circunstâncias que envolveram a morte de Theillor e a veracidade da causa mortis, que foi atestada na certidão de óbito.

O vereador informou detalhes dos momentos vividos pela família, que foram relatados por Jomar. O metalúrgico aposentado disse que teve que entrar na Justiça para que fosse feita a necropsia no corpo do menino. Entretanto, a direção do Instituto de Gestão e Humanização (IGH), que administra a UPA, teria se negado a encaminhar o processo, transferindo a responsabilidade para a Polícia Civil. Conforme Jomar, órgão que avaliou sem necessidade a realização do procedimento.

Para Alberto Meneguzzi, além de desacatar a Justiça, os fatos levam a crer que a direção do IGH foi negligente no atendimento e nos procedimentos pós-mortem de Theillor. “A UPA Zona Norte descumpriu a determinação judicial para encaminhar a necropsia e fez um atestado de óbito, dizendo que era meningite, sem fazer o exame para atestar a doença. E o pai, depois de 17h esperando pelo procedimento, acabou resolvendo enterrar o filho”, contou.

Ainda segundo o parlamentar, o agravante foi a pressa da unidade para que o corpo do menino fosse retirado do local e o tratamento dado pela assistência social da UPA. “E ficaram mandando ele tirar o corpo dali, porque talvez pareça mais um número mesmo, porque precisam do leito para outra pessoa. Ninguém da Secretaria de Saúde ligou pra essa família. O IGH providenciou uma assistente social e ela disse que a família viajasse para Santa Catarina para desencanar um pouquinho. Como se a perda de um filho de 10 anos fosse ser superada com uma viagem. Foi isso que o pai e a filha me disseram”, revelou Meneguzzi.

O vereador contou ainda um caso semelhante, revelado ao gabinete dele, também na tarde desta quarta. Ele se referiu ao pronto atendimento de Marlene das Graças Ribeiro da Silva, de 52 anos. Ela foi atendida na UPA Zona Norte, no dia 30 de setembro, com sintomas de infarto do miocárdio. Segundo informações do filho dela, Gleison da Silva, não feito exame de sangue dela, apenas eletrocardiograma. Ela morreu no dia seguinte por infarto. Assim como o caso de Theillor, a família de Marlene também registrou ocorrência policial contra o IGH. Os dois casos serão encaminhados para averiguação dos Ministérios Públicos Federal e Estadual.

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