Meneguzzi considera ridículo orçamento de R$ 490 para a Coordenadoria de Juventude

novembro 1, 2019

Parlamentar critica falta de investimento do Executivo em políticas públicas para os jovens de Caxias do Sul

O projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA), protocolado na Câmara de Vereadores de Caxias do Sul, na última quarta-feira (30), propõe uma redução de 60% nos recursos destinados à Coordenadoria Municipal da Juventude, órgão vinculado à Secretaria Municipal de Segurança Pública e Proteção Social (SMSPPS). O valor sugerido pelo prefeito Daniel Guerra para 2020 é de apenas R$ 490, distribuídos em R$ 130 para a rubrica Diárias e R$ 360 para Material de Consumo. Este ano, o orçamento da Coordenadoria foi de R$ 1,2 mil.

O valor para o próximo ano representa 13% da remuneração do coordenador, Lucas Guarnieri. Ele ocupa um cargo CC6, cujo salário mensal é de R$ 3.739,93. No caso, o Executivo propõe pagar, em um ano, o salário bruto de R$ 44.879,16 para um servidor comissionado administrar menos de R$ 500 por mês.

Conforme Alberto Meneguzzi, o valor orçado pelo governo municipal revela a falta de prioridade às questões ligadas à juventude. “Enquanto o prefeito Daniel Guerra mostra a falta de compromisso com investimentos em áreas básicas como saúde e educação e com as políticas sociais para a juventude, o Legislativo tem feito a sua parte. Sou autor de uma proposta que concede isenção de impostos e benefícios fiscais para empresas que contratarem jovens por meio do programa Primeiro Emprego. Incentivar a colocação de jovens no mercado de trabalho é mais que um dever do poder público. É inadmissível que o prefeito proponha um valor tão irrisório e, até mesmo imoral, para a Coordenadoria da Juventude trabalhar em 2020, assim como já fez neste ano”, avalia o vereador.

O parlamentar lembra do caso do fechamento do Senai José Gazola, que atendia centenas de jovens de comunidades carentes da zona norte de Caxias. “Garantir capacitação profissional para a juventude é evitar que eles vivam nas ruas, se tornem criminosos e adquiram a cidadania. Mas para isso, é necessário investimento público. Fato que a atual gestão não está nem preocupada, a julgar pelos números do orçamento do próximo ano”, conclui Meneguzzi.

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